Benção Urbi et Orbi extraordinária, com
concessão de indulgência plenária:
A benção Urbi et orbi é administrada pelo
Santo Padre em três ocasiões: na solenidade do natal do Senhor, 25 de dezembro,
na solenidade pascal do domingo de páscoa e por ocasião de sua eleição como
bispo de Roma, quando, findado os ritos do Conclave e anunciada a sua eleição
pelo cardeal protodiácono no balcão central da basílica de São Pedro, após
saudar os fiéis aglomerados, que ali esperam para ver o novo Bispo de Roma, e
pastor universal da Igreja.
A Benção Apostólica Urbi et orbi recebe
este nome porque faz memória aos tempos do império romano, que ao emitir um
decreto ou uma disposição as definia assim: “para a cidade de Roma e para todo
o mundo habitado, portanto Urbi et orbi. Nesse sentido esta benção é um
sacramental administrado pelo Romano Pontífice em favor dos fiéis da cidade de
Roma (Urbi) e dos filhos da Igreja, dispersos sobre a face da terra (Orbi), e a
faz na sua dignidade episcopal e na condição de pastor supremo e universal da
Igreja, condições estas inerentes ao múnus do Ministério Petrino. É, pois, a
benção apostólica dirigida para a cidade e para o mundo. Igualmente os bispos,
em função de seu caráter episcopal, podem conferir a Benção Apostólica.
Hoje, por razões conhecidas a todos, o
Papa Francisco convocou um momento de adoração ao Senhor, no Santíssimo
Sacramento eucarístico, onde administrará a benção Urbi et orbi, concedendo a
indulgência plenária a todos aqueles que estiverem unidos em oração com ele,
através dos meios de comunicação.
As condições estabelecidas pelo Santo
Padre através do decreto emitido pela Penitenciaria Apostólica, são as
seguintes:
1) rezar nas intenções do Santo
Padre,
as quais se dirigem a todos aqueles acometidos pela pandemia do COVID-19,
rezando igualmente por seus familiares e pelos que cuidam destes enfermos,
ambos impedidos, devido a gravidade da situação, de receber a absolvição
sacramental através do Sacramento da Reconciliação, ou impedidos de receber o
sacramento da Unção dos Enfermos; e vale lembrar que: a) também os
fiéis que, mediante as restrições da O.M.S. e pela sensatez e prudência promanadas
dos decretos das autoridades diocesanas, os bispos (para suas respectivas dioceses),
ficaram impossibilitados de fazer sua confissão para a Páscoa do senhor encontram-se
inseridos na eficácia deste remédio que Deus dispõe à Igreja, sua
esposa, para o bem e salvação dos fiéis; b) recorda-se que o fiel, demonstrando
“a contrição perfeita, proveniente do amor de Deus amado sobre todas as coisas,
manifestada por um sincero pedido de perdão e acompanhada pelo votum
confessionis, ou seja, pela firme desejo e resolução de recorrer, o quanto
antes, à confissão sacramental (quando tudo voltar à normalidade), obtém o
perdão dos pecados, até mesmo mortais”, conforme indicado pelo Catecismo da
Igreja Católica (n.1452).
2) rezar a Oração do Senhor (o
Pai-nosso),
uma Ave-Maria e recitar a Profissão de fé (o Credo); ou,
3) de acordo com as possibilidades e se as circunstâncias
permitirem, os fiéis poderão escolher entre: visitar o Santíssimo Sacramento ou
a adoração eucarística, ou ler uma passagem das Sagradas Escrituras por pelo
menos meia hora, ou rezar o Terço, ou a Via-Sacra, pedindo o fim da Pandemia. Recordando
que o fiel que desejar executar este terceiro passo, deverá estar atento, quanto
ao seu deslocamento até a Igreja, para que não se quebre o isolamento social
pedido pelas autoridades sanitárias e competentes, de modo a não colocar em
risco a sua vida e a dos demais irmãos.
A benção apostólica Urbi et orbi, com
concessão da Indulgência Plenária será transmitida pelas medias católicas, e
pelo Vatican News, as 14h (horário de Brasília). Por isso, antes de acompanhar este momento celebrativo,
recolha-se num lugar apropriado, faça seu exame de consciência e, de coração
contrito, arrependido e humilde, apresente ao Senhor teus pecados, comprometendo-se a, mais tarde, procurar confissão sacramental, e implore com confiança a misericórdia
e o perdão de Deus, e, então, participe desta oração e Benção com o Papa.
Pe. João Paulo Sillio.
Arquidiocese de Botucatu - SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário